JOSÉ DE ALENCAR foi um renomado escritor e político brasileiro do século XIX.
Nascido em 1º de maio de 1829, na cidade de Messejana, no Ceará, Alencar é considerado um dos grandes nomes da literatura nacional, tendo contribuído para a consolidação do romance no Brasil.
Filho de um senador, José de Alencar cresceu em um ambiente privilegiado, tendo acesso à educação de qualidade desde cedo. Estudou no Colégio Pedro II, uma das mais renomadas instituições de ensino no Rio de Janeiro, e posteriormente se formou em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Um dos principais nomes do romantismo brasileiro, Alencar iniciou sua carreira literária escrevendo críticas teatrais para jornais e revistas. Em 1856, publicou seu primeiro romance, “cinco minutos”, que retratava a sociedade carioca da época. No entanto, foi com o livro “O Guarani”, lançado em 1857, que alcançou grande sucesso e reconhecimento. A obra, que retrata o amor entre o indígena goitacá, Peri, e Cecília, ou Ceci, filha do fidalgo português Dom Antônio de Mariz, é considerada um marco do indianismo na literatura brasileira.
Ao longo da sua carreira, José de Alencar escreveu diversos romances que retratavam diferentes aspectos da sociedade brasileira, como “Lucíola” (1862), “Iracema” (1865), “Senhora” (1875) e “O Tronco do Ipê” (1871). As suas obras abordavam temas como o amor, a política, a vida indígena e a escravidão, sendo marcadas por um estilo literário rico e uma linguagem cuidadosamente elaborada.
Além de sua carreira literária, também se envolveu com a política: foi deputado geral e senador pela província do Ceará, atuando em defesa dos interesses do seu estado e defendendo a abolição da escravatura para toda a nação. A sua atuação política e os seus ideais influenciaram algumas das suas obras, que refletiam as suas ideias e posicionamentos, desejosos de uma ampla reforma social e política.
José de Alencar faleceu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro, aos 48 anos de idade, em decorrência de tuberculose.
A sua contribuição para a literatura brasileira foi significativa, deixando um legado de obras que até hoje são estudadas e apreciadas. A sua escrita pioneira e as suas representações da cultura e da sociedade brasileira foram fundamentais para a consolidação da identidade nacional na literatura.